27/03/2009

Fauna Portuguesa

Bispo-de-coroa-amarela
Euplectes afer

Espécie de origem africana, introduzida recentemente em Portugal, provavelmente no final da década do oitenta, por isso a sua reduzida ocupação geográfica.

Pequena ave, da família dos tecelões, é facilmente detectável pela exuberante e garrida plumagem, principalmente do macho, que no período de nidificação, Primavera e Verão, nos surge com as suas penas amarelas e pretas em sítios de fácil visibilidade. O tom dominante é o amarelo, que abrange a maior parte da cabeça, do dorso e da cauda. As fêmeas tem menos visibilidade e são facilmente confundidas com o “pardal-francês” por serem mais acastanhadas.
Durante o Outono e Inverno a espécie passa mais despercebida devido aos tons acastanhados que então assume a sua plumagem.
Esta espécie pode ser observada em zonas palustres com vegetação emergente, estando presente no Litoral Norte: no Baixo Mondego e na Ria de Aveiro. Na região de Lisboa surge-nos no estuário do Tejo, principalmente na Ponta da Erva e no Paul da Barroca. No Alentejo é frequente no Estuário do Sado.

25/03/2009

Bragança

Com uma existência milenária envolta na bruma dos tempos, Bragança era já no tempo dos romanos uma povoação importante. Aqui se situaria Juliobriga e por aqui passava a estrada romana, referida no Itinerário de Antonino e conhecida como a VIA XVII, que ligava Braga (BRACARA), Chaves (AQUAE FLAVIAE), passava pelo Castro de Avelãs, nesta zona situar-se-ia a Mansio Compleutica e seguia para Astorga (ASTURICA).
Passaria nas pontes das Carvas e de Gimonde. Em Babe existiria uma provável statione no lugar do Sagrado. De referir a existência de diversos marcos miliários, ao longo deste trajecto.
Destaque também para as necrópoles dos Quatro Caminhos e do Couto, ambas em Vale de S. Francisco. O topónimo deriva da palavra brigantia, que se transformou mais tarde, em Bregança ou Bergancia, acabando por tomar a forma actual.
Por aqui andaram os Suevos, os Godos e os Árabes. Durante as guerras entre cristãos e árabes foi saqueada e completamente destruída. Fernão Mendes, poderoso rico-homem da corte de D. Afonso Henriques, reconstruiu-a.
D. Sancho I concedeu-lhe foral em 1187 ...

23/03/2009

D. Fuas Roupinho

Apesar de ter o seu nome intrínsecamente ligado à vila da Nazaré, é controversa, por falta de documentação coeva, a existência de D. Fuas Roupinho.
Apenas a partir do século XVI as crónicas referem a sua existência como guerreiro que apoiou D. Afonso Henriques e foi almirante da frota portuguesa.
Verdadeira ou falsa, a tradição refere que em 1179, ao saber de um ataque mouro a Porto de Mós, D. Fuas Roupinho, com alguns homens de armas, atacou o arraial inimigo de madrugada, capturando alguns dos seus chefes, que levou depois para Coimbra, onde D. Afonso Henriques estanciava.
Como recompensa, D. Fuas Roupinho foi nomeado alcaide-mor de Porto de Mós. Veio a encontrar a morte num combate naval com forças sarracenas muito superiores.

 
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