23/09/2010

Aveiro

Povoação modesta na Idade Média e cuja origem se desconhece, aparecendo referenciada pela primeira vez, com o nome de Alavário, durante o século X, no testamento da Condessa Mumadona, que legou em 959, "suis terras in Alavario et salinas", as terras e salinas da região ao Convento de Guimarães.

Alavário é pois das designações mais antigas que se conhece do topónimo Aveiro, tendo a sua origem etimológica no termo latino "Averius", derivação do étimo céltico "aber", que significa "embocadura de rio". A forma "Alavarius", parece ter sido desenvolvida já durante a Idade Média.
Mas os vestígios encontrados em vários locais da região, Vale de Videiras, em Eiral, do Paleolítico Superior, a “Mamoa” de Mamodeiro, do Neo-calcolítico, a Agra do Crasto, em Verdemilho, da Idade do Bronze, Período Calcolítico, o Lugar da Torre, em Cacia, do Período Romano (Baixo Império séculos III a V), o Forno Cerâmico de Eixo, do Período Visigótico entre outros achados dispersos, bem como o factor referencial histórico permite-nos afirmar que toda esta região foi ocupada desde épocas muito remotas e com períodos de maior e menor esplendor.
Sabemos que os Fenícios, para as construção das suas feitorias, escolhiam zonas estratégicas do ponto de vista comercial e de fácil navegação. Privilegiavam portos protegidos, amplas baías que permitiam aos barcos atracar com facilidade e penínsulas abrigadas. As cidades eram geralmente protegidas com muralhas, e os edifícios chegavam a uma altura considerável. Nas cidades portuárias fenícias existiam comerciantes gregos, egípcios e assírios. Em Portugal estabeleceram algumas feitorias já que visitaram a foz do Sado, o estuário do Tejo e toda a região costeira do Mondego ao rio Douro. Não deixariam por conseguinte de estar ligados à região.
Os Celtas chegaram a partir do século X A. C., provenientes do centro europeu, faziam parte da cultura de Adleber e das cinco tribos que se instalaram na Península Ibérica, a tribo dos Petnix Lucis, foi a que se fixou por todo o litoral entre o Cabo Carvoeiro e a região do rio Vouga e que vieram a dar origem aos Túrdulos.
Em Cacia, o oppidum romano, aqui fundearam as velas romanas que transportaram o chumbo recolhido nas minas do Braçal.
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Fauna Portuguesa

Sombria
Emberiza hortulana


Uma das espécies mais características das zonas de altitude do nosso país, especialmente durante os meses de Maio e Junho quando o canto da Sombria enche as encostas das nossas zonas serranas, em especial as de dificil acesso, já que é pouco tolerante da presença humana, preferindo zonas fortemente rochosas e frequentadas por gado, o que explica a dificuldade da sua observação.

É uma ave migradora que nidifica na Europa e inverna em África, sendo frequente no nosso país a norte do Tejo, acima dos 800 metros de altitude, situando-se as melhores zonas de observação no Parque Nacional da Peneda-Gerês, entre Covelães e Tourém, na Serra da Estrela, onde é mais abundante e na Serra de Leomil. Também é possível encontrar a Sombria nas encostas das Serras do Alvão, Marão, Montesinho e no Parque Natural do Douro Internacional. A sul é possível observar a Sombria na zona de Sagres durante a sua migração de Outono.
Identifica-se pela cabeça esverdeada, garganta e "bigode" amarelos e pelo ventre avermelhado, sendo que a plumagem dos machos é mais vistosa durante a época de reprodução. Na observação à distância, poder parecer simplesmente uma ave acastanhada.
O seu canto característico, que na Primavera é repetido incessantemente, permite-nos localizar e identificar facilmente a Sombria, em especial os machos que pousam frequentemente em rochedos, árvores isoladas ou mesmo em postes de alta tensão.

 
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